Quantas primaveras se passaram, quantos invernos já se foram, quantos verões iluminados tivemos, quantas memórias do passado ainda resistem por tempo indeterminado... A sensação, o sentimento, a espiritualidade é uma constante nas longas vinte e quatro horas de cada dia. A sua partida me parece uma sem fim viagem de negócios, onde vejo o amanhecer a cada dia imaginando a qualquer momento a sua chegada barulhenta e alegre repentinamente. Sei que a vida terrena é feita de ilusões, ilusões associadas a sonhar, desejos, vontades e utopias, o mundo carnal nos separou, mas no plano espiritual estaremos sempre unidos e nos amando. O tempo que conto não significa nada para o "tempo" que o Sr. vive agora, o meu relógio vive desconcertado, ainda atordoado pela novidade realística do meu momento. Na contagem desse tempo o final do ano se aproxima, natal quase chegando e eu ainda apegado ao mundo terreno, tentando e querendo aceitar e entender esses novos tempos... Um dia nossos cordões perespirituais nos unirá novamente, por enquanto sofro amarguradamente uma saudade tamanha, onde grito por dentro "GOSTARIA QUE VOCÊ ESTIVESSE AQUI".
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